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Pseudo-Resenha #1: O que há Sob a Redoma?

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Autor: Stephen King Editora:  Suma de Letras Brasil ISBN:  8581051138 Nº de Páginas:  960 Olá povo! Diversas pessoas me pediram para voltar a fazer textos falando sobre livros que li, o que achei e se recomendo ou não. Apesar de todos saberem que gosto muito de livros e de falar sobre eles, confesso que fiquei reticente durante algum tempo se deveria ou não voltar a escrever este tipo de texto. Explico. Já tive um blog faz algum tempo - 5~6 anos na verdade - onde postava estes textos sobre livros, quadrinhos, música, enfim... de tudo um pouco. Eis que um belo dia, lá chego eu para postar no blog e qual a minha surpresa ao ver que ele simplesmente havia evaporado nos confins gélidos da internet. Nada. Nem um tchauzinho. Alguns dizem que foi na mudança de domínio ou coisa assim, eu, sinceramente, acho que alguém viu ali uma tentativa para dominar o universo. Anyway, sem mais delongas pequerruchos: pensei, pensei, pensei, comi uma paçoca, pensei mais um pouco e resolvi vol

Da falta d'água e o sentido da vida... ou não?

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Hoje decidi mudar um pouco das amenidades que escrevo por aqui e falar de alguma coisa diferente. Divagações novamente, talvez nada muito conexo mas que pode ser encarado como um pegar-pelo-colarinho-e-chacoalhar, um toque, um conselho amigo, um "#ficaadica" se você é das gerações mais recentes. Agora a idéia a incomodar é essa: Tudo acaba.

Divagações sobre a leitura (ou "Como Machado de Assis pode levar a Harry Potter")

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Boa noite Pessoas! Hoje venho rapidamente registrar breves impressões sobre um assunto que vez por outra surge em conversas, seja com amigos, professores ou viciados em leitura como eu: por que ler e, a partir desta pergunta, mostrar como Machado de Assis pode fazê-lo acabar gostando de Harry Potter (sim, o título do post não era brincadeira). A pergunta do porquê se confunde muitas vezes, e com certa razão, com outra muito similar mas sutilmente diferente que é " para que"  ler? Enquanto esta está mais voltada para a finalidade da leitura - que, na minha opinião, consiste basicamente em construir pessoas que escrevam, pensem e se expressem de maneira clara - a pergunta "por que" está filosoficamente mais relacionada com a razão pela qual lemos.

Conto: Pavor

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Sentia as pancadas em quatro lugares distintos: no peito, cabeça, estômago e costas, como se uma imensa prensa a estivesse espremendo, pouco a pouco. O medo, antes um pulsar fraco atrás dos olhos, agora crescia, transformando-se em uma capa de desespero. Deu um passo para trás ao sentir um baque repentino nas pernas e pisou em algo mole, viscoso. Ouviu um chocalhar irritado e teve que levar a mão à boca para não gritar. Era melhor que não gritasse. "Ele" poderia voltar. Sentiu algo subindo por sua perna esquerda, provavelmente do mesmo tipo da coisa que pisara. Suas pernas começavam a ficar geladas e ainda não enxergava nada. Como fora parar ali? Não se lembrava muito bem. Havia saído com Hugo para ver as estrelas no campo aberto, mãos dadas e rosto ao vento da noite. Risadas. Afagavam o cabelo um do outro e faziam eternas promessas apaixonadas.             Aquilo era um homem, não era? Aquela forma nublada e indefinida que escorregava para trás do observatório? O que

Mini Conto: Suicida Recorrente

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A brisa fresca e poeirenta acaricia-lhe os cabelos. Era a quinta vez que repetia os movimentos aquela semana, porém a primeira que chegava tão perto da borda. Ali suas pernas pareciam gelatina ao olhar os carros e as pessoas abaixo, pequenos pontos coloridos e colagens em papel pardo, todas as cores e tons em movimento. Sentia uma pressão invisível sobre seus ombros, seu ponto de equilíbrio deslocado para a ponta de seus pés. Mais uma vez inspira fundo e cerra as pálpebras. A sensação de desequilíbrio piorava daquela maneira e desejou poder abrir os olhos para procurar algo em que se apoiar. Mas sabia que não podia. Se assim o fizesse estava certo que teria que repetir tudo novamente. Tudo. Exatamente como tentara as outras quatro vezes naquela semana.

Conto: Louca Questão de Perspectiva

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Foi naquele sábado que tive a confirmação. Acordei, lavei o rosto e desci. Fazia uma manhã amena, nem quente nem fria, como tantas outras que vimos este ano; na rua, poucos barulhos de carros àquela hora em que a cidade ainda despertava. Passei pela sala, liguei a TV com o volume alto de sempre e segui para a cozinha. Ali estava meu pai, conversando com uma moça linda, perfeita, usando um longo vestido amarelo simples e um corpete azul. − Então, não temos mais cereal, mas deve ter umas maçãs na geladeira se quiser. − Para dizer a verdade nunca gostei muito de maçãs senhor Arnaldo, mas aceito se tiver algumas torradas e ovos. Saí cedo, sabe? Foi uma viagem bem longa. − Sem problemas então, senta ali enquanto faço os ovos. Branca de neve. Ali na cozinha.

Conto: A Imagem no Lago

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Boa noite! Hoje gostaria de compartilhar um pequeno texto que escrevi há algum tempo. D espretensioso, escrito às pressas durante um almoço de 2009, não recordo a data exata. Lembro que vi uma imagem de um lago com duas crianças perto dele e resolvi escrever algo sobre . Por hoje é isso! TG – Venha, estamos quase lá! - disse com sua voz excitada e estridente de sempre. Suas tranças roçavam nos galhos sobressalentes das densas matas à sua volta, conforme avançavam no terreno lamacento.Protestos não adiantavam quando Poliana colocava alguma idéia na cabeça. Nunca. – Mas Poli... já andamos bastante, eu tô cansado...